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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O POETA E DIVULGADOR CIENTÍFICO MARCELO ROQUE CONSEGUE DIVULGAR EM SUA POESIA DE BOMBAS ATÔMICAS A CARL SAGAN

www.eca.usp.br/njr
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E POESIA "OS FILHOS DE HIROSHIMA" DE MARCELO ROQUE LEMBRAM EXPLOSÕES NUCLEARES, O PROJETO MANHATTAN, E EXIGEM REFLEXÃO SOBRE CIÊNCIA E DIREITOS E ABAIXO COSMOS EM HOMENAGEM A SAGAN

OS FILHOS DE HIROSHIMA
Ainda contam os seus mortos,
Hiroshima e Nagasaki
Contam aqueles que seriam os filhos,
dos filhos,
dos filhos ...
Contam os mortos que nem nasceram
E lamentam, os risos calados,
os olhares perdidos,
e as dores não sentidas ...
Lamentam, este estranho vazio nas ruas;
e choram,
por aqueles que nem puderam choram,
nem puderam fugir,
e nem souberam morrer ...
Choram,
e contam os seus mortos;
e também choramos,
e contamos,
todos nós;
aqueles que seriam os filhos,
dos filhos,
dos filhos ...







Em 6 de agosto de 1945, pela primeira vez na história, uma
arma nuclear foi utilizada em combate, destruindo a cidade
de Hiroshima
No dia 9 deste mesmo mês, foi a vez de outra cidade japonesa,
Nagasaki
A devastação em ambas as cidades foi tão grande, que até hoje,
não se sabe ao certo o número total de mortos. E milhares de
sobreviventes foram permanentemente afetados pelos terríveis
efeitos da radiação. Muitos, morreram anos mais tarde, vítimas
de doenças causadas por esta exposição radioativa
O fato, é que este triste episódio, ceifou a vida de pessoas
inocentes; homens, mulheres e crianças; que levavam uma vida
absolutamente normal; em seus trabalhos, lares, escolas;
E Hiroshima e Nagasaki, bem poderiam ser, as cidades em que
vivemos com os nossos filhos, irmãos e amigos
E quando tomamos consciência desta proximidade de realidades,
percebemos então, o quanto, de certa forma, fomos também
atingidos por estas bombas. Poderíamos ter sido as vítimas
diretas destes ataques; só não fomos, por conta das circunstâncias,
apenas isso, e nada mais ...
E é importante lembrar, que a morte de todo e qualquer indivíduo,
é também a morte de toda a sua descendência; Como digo neste
poema: "a morte dos filhos / dos filhos / dos filhos" ...
E sendo assim, continuaremos para sempre, contando os mortos de
Hiroshima e Nagasaki ...



Marcelo Roque

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